quarta-feira, 2 de julho de 2014

Literatura/Arte: Modernismo em Portugal


  • Revoluções artísticas
No final do século XIX e início do século XX, a literatura foi renovada pelo desejo de libertação que marcou o individualismo artístico. O desejo individual de experimentar novas tendências assinalava novos estilos de linguagens que diferenciava cada autor.

  • Expressionismo
MUNCH, Edvard. O grito. 1893. Óleo, 
têmpera e pastel em cartão, 91 x 73,5 cm.

  O mundo passa a ser expresso de forma marcante e exagerada, semelhante à caricatura é forte a presença de cores e traços.
  Destaca-se no expressionismo, o pintor norueguês Edvard Munch.
  • Cubismo


PICASSO, Pablo. Moça com bandolim. 1910.
Óleo sobre tela, 100,3 x 73,6 cm.

  Para a sociedade acostumada com o tradicionalismo artístico, o cubismo foi um choque. Pinturas feitas a partir de figuras geométricas permitia ao pintor expressar um tema de diversas formas, o que dependendo do ponto de vista do observador, a perspectiva poderia ser diferente.
  O cubismo teve início em 1907, com Pablo Picasso e Georges Braque, que obviamente, são os percursores e destaque da tendência.

  • Futurismo
TELES, Gilberto Mendonça. Vanguarda europeia e modernismo brasileiro.
2. ed. Petrópolis: Vozes, 1972. p. 66. (Fragmento)


  A partir de 1909, alguns artistas começaram a negar-se a exaltar o passado na arte, para eles, o passado é algo que está irremediavelmente morto, tais artistas ficaram conhecidos como futuristas,  pois além de não exaltarem o passado, eles exprimiam muitos aspectos característicos do mundo moderno; o agito, a velocidade, a energia formavam a palavra chave do movimento futurista, dinamismo.
  O líder futurista foi o poeta italiano Filippo Marinetti

  • Abstracionismo
KANDINSKY, Wassily. Prazeres. 1913. Óleo sobre a tela, 109,8 x 119,7 cm.

  No abstracionismo, não há preocupação nenhuma com a realidade. É marcado pelas cores, pela ausência de formas definidas, ausência de sentido lógico.
  Um dos principais nomes do abstracionismo é o russo Wassily Kandinsky.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

História: Brasil na primeira metade do século XX

                                              A Primeira República (1889 a 1930) 
  A primeira república corresponde ao período da república brasileira que vai de 1889 até 1930. Poderá também ser encontrado com outras denominações, a depender do critério avaliado, por exemplo:
     I- República da Espada; onde está em destaque os governos militares de Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, de 1889 a 1894 .
     II- República Oligárquica/do Café com Leite; destacando especialmente o domínio das oligarquias agrárias no governo central.
(Nesse período, a oligarquia agrária acontecia principalmente, com políticos dos estados de São Paulo, grande produtor de café da época; e Minas Gerais, grande produtor de leite. É daí que se origina o termo República do Café com Leite)
  
  Em 1889, foi proclamado o Regime Republicano que se consolidou nos regimes militares de Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, até o ano de 1894; a partir desta data, o país passou a ser governado por civis ligados, em grande parte, à oligarquia rural, iniciando com a posse do fazendeiro e político republicano do interior de São Paulo, Prudente de Morais. Com um fazendeiro paulista no poder, a oligarquia cafeeira dominava. Uma fase, fortemente marcada pela influência coronelística no processo eleitoral e político.


  • Sistema eleitoral republicano
  Durante o império, a população tinha uma média aproximada de 12 milhões de brasileiros e apenas cerca de 1% desse total participava do processo eleitoral. Para ser eleitor era preciso ter uma renda anual de no mínimo 100 mil réis, em 1881 esse valor subiu para 200 mil réis.
  Com a república, o voto censitário teve fim, o número de eleitores cresceu significativamente em relação ao império, mas não chegou a alcançar 10% da população do país.
  Mulheres, analfabetos, padres e soldados não tinham o direito de votar. Assim como no império, na república, tanto mulheres quanto pobres eram excluídos do processo eleitoral. No império a exclusão era feita com base na renda, na república, com base no analfabetismo.
  O voto era aberto e apenas os homens alfabetados e maiores de 21 anos podiam votar.


  • Coronelismo
  Com o voto não secreto, era fácil para os grandes fazendeiros (coronéis) manipularem o voto dos eleitores; já que na primeira república, a política funcionava com base na troca de favores, os coronéis tinham total poder e autonomia para pressionar os eleitores, que na maioria das vezes já eram cativos pelos favores que os senhores lhes prestavam.
  Aqueles que não fossem à favor dos interesses políticos do coronel poderiam ser vítimas da violência dos jagunços ou capangas que trabalhavam na fazenda cumprindo ordens do mesmo. Hoje, esse ato é conhecido como voto de cabresto.
  A influência do coronel ia além das fazendas, muitos cargos ocupados na cidade tinham sido resultado de seu prestígio, muitas pessoas procuravam se aproximar deles em busca de apoio e favores, a fidelidade demonstrada lhes rendiam "premiações" dadas pelo próprio coronel. Essa premiação coronelística em troca de fidelidade é o que os historiadores chamam de clientelismo.

  Nessa época, não existia uma justiça eleitoral para controlar as eleições existiam diversas fraudes para alterar o resultado, dentre elas estavam:

  • Falsificação de documentos para que menores e analfabetos pudessem votar;
  • Inscrição de pessoas falecidas como eleitoras; 
  • Contagem adulterada dos votos, favorecendo o candidato indicado pelo coronel;
  • Urnas violadas e cédulas de votação alteradas.

     Esquema de "troca de favores"
  O coronel mais influente e ´poderoso em cada município ou região estabelecia alianças com coronéis de outras regiões para eleger o governador estadual. Quando eleito, o governador destinava verba para as áreas que o apoiaram, em troca do favor recebido.
  O papel do coronel nessa manipulação de poderes era de suma importância para o "posicionamento das peças desse quebra cabeça da aliança de poderes"
  Podemos ressaltar também, que em São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, o coronelismo assumiu um caráter político, diferente dos demais estados onde seu poder era indubitavelmente exercido, mas de forma protecional, chegando a organizar tropas militares.


  • Política dos governadores
  A política dos governadores era um sistema de alianças entre governadores estaduais e federais, que se baseava na troca de favores.
  O governo federal recebia o apoio dos governadores estaduais para eleger os deputados e senadores que fossem favoráveis ao presidente, que em retribuição destinava altas verbas para os estados daqueles que o apoiaram, além de empregos e favores para seus aliados e apadrinhados políticos.
  Diante de todo o clientelismo da época; a troca de favores, que promovia uma rede de compromissos; alianças. fraudes. a oligarquia agrária permaneceu no poder por muito tempo.

  • Política do café com leite
  São Paulo e Minas Gerais lideraram a política dos governadores, sincronizadamente. As oligarquias agrárias paulista e mineira mantinham-se organizadas em torno de dois partidos políticos: o PRP ( Partido Republicano Paulista) e o PRM (Partido Republicano Mineiro).
  Para que pudessem liderar a vida política do país, paulistas e mineiros faziam coligações com os proprietários rurais dos demais estados. Por serem os estados mais populosos, tinham a bancada mais numerosa na Câmara dos Deputados.
  Não podemos explicar todo esse período baseados na política do café com leite, mas podemos dizer que quase todos os presidentes da Primeira República foram eleitos com o apoio paulista (PRP) e o mineiro (PRM), onde o poder era alternado.